Poligamia

"Sigo os impulsos de meus desejos:

amor egoísta e sexo ocasional.

O toque de suas mãos em minha pele

Torna-me prisioneira em seu corpo

sem ao menos temer o pecado.

Sou prisioneira do desejo,

meu instinto animal exala

e procura por você,

todas as noites, todas as manhãs.

Dezembro é sempre assim, me perco

em meus pecados egoístas.”

Por um punhado de (gra)tidão.

"Queria sumir para um lugar onde meus pensamentos também sumissem. 

Queria ver somente o azul do céu e permanecer serena

como uma manhã de brisas.

Queria sumir para onde os sentimentos se estagnassem quando a dor aparecesse.

Queria ser como o vento que lhe beija
o rosto sem nenhum medo.
Queria um amor para a vida inteira 

que cuidasse dos meus cabelos

brancos quando os primeiros fios aparecessem. 
Queria encontrar a pílula da felicidade 
e injetá-la a cada 5 minutos.

Queria sumir em meus próprios pensamentos 
e por lá permanecer calada,

para que quando eu falar não repita o seu nome.

Queria sumir para que a dor 
não insistisse em me conhecer.

Somos grandes aliadas e é ela que 
me traz diariamente essas frases tristes.

Mas a trocaria por punhados diários de gratidão.

Escrito em 28.12.09 – 11h50-1348

Meu vicio

Quem é você ingratidão? Por que insiste em me amar?
Já falei que não sou dessas que custa a amar!
Quem é você insensível? Por você não dou motivos
Já coloquei uma placa em meu coração:
“Aqui jaz alguém que cansou de apanhar!”
Por que insiste em me amar se sua estrutura é como pedra,
Por que não me deixas só, sabes que não dessas.
Queria entender seu coração,
Ele é fechado feito armadura,
Onde colocaste a chave?
Não enxergas a minha gratidão?
Não sou dessas que custa a te amar ,
eu enxerguei o seu amor
no brilho de seu olhar
Mas não quero suas migalhas
Só quero que aprendas a me amar!

(21-12-09 10h24)

A Menina e o Sol

"Passei a vivenciar o mundo com outras perspectivas

quando meus olhos por ti fascinaram,

Vejo as luzes de seu sorriso a me acordar de manhã

Sem ao menos bater em minha janela

A malícia do seu calor em volta ao meu corpo despertar

Trazes-me lembranças de como é bom poder sonhar

E é essa mesma malícia que me entristece

quando te vejo partir junto ao mar."

Escrito em 21-12-09 às 10h12.

Dezembro

“Intangível mulher que em minha pele fez morada,

Iluda-me com o seu amor de primavera.

Vivemos em um mundo de cóleras e paixões onde meu

caminho permanece sem respostas.

Por tempos em tempos me perco em minhas próprias convicções.

Garota sonhadora que não cansa de apanhar!

E como capa, os sonhos se rasgam ao meu ego atingir.

Já não tenho as respostas e acho que nunca as tive.

Nada mais é estável, meu caminho perde-se diariamente.

As perguntas vagam em mim sem ao menos eu compreender o sentido

disso tudo.

Dezembro é sempre assim,

Rodopia

Rodopias

Intangível como um sonho!”

(15/12/2009- 11h59)

Creditos na Imagem:Sandra Ribeiro