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domingo, 19 de fevereiro de 2012

OUTONO PORTO: #O RETORNO DO SOL


Ela já não acreditava em sonhos, mas naquela sábado Júlia decidiu que seria tudo diferente. Nas típicas manhãs de outono em Porto Alegre costumava levantar tarde nos finais de semana, mas neste levantou-se cedo. Tudo se desalinhou por tanto, conforme já sua típica dança rotineira, os zodíacos tinham culpa nisso se algo não fosse como o de habitual e realmente não foi. Levantou-se e caminhou na rua sem o seu tradicional cachecol, cumprimentou seus vizinhos, como se fosse normal, hábito que nunca teve, sempre preferiu andar de cabeça baixa não se importando nem com o menino pedindo esmola, mas neste sábado Júlia era outra pessoa.

Júlia nasceu de uma tradicional família de operários, mas contrariando as estatísticas decidiu estudar e não engravidar como a grande parte das pessoas de sua idade e classe social. Impopular na escola dedicou a sua juventude aos livros, querendo sempre saber a razão da vida foi logo estudar Filosofia: “A profissão que nunca te dará respeito” repetia sua mãe quase como um mantra diário.

Sempre fechada, pouquíssimos tiveram acesso a seu coração, na verdade somente uma pessoa derrubou o muro de seus sentimentos e essa mesma que a abandonou quebrando em pedaços o seu já pequeno coração, foi embora para São Paulo com outro alguém que não só falasse em Émile Durkheim e Jean Paul Sartre, alias nunca havia ouvido falar nesses sujeitos. 

Sádico, irônico ou destino, após dois anos de espera, pois Júlia ainda fomentava a esperança do retorno do sol, decidiu sorrir para vida. Talvez pela primeira vez acreditasse na beleza das cores, nos sons da natureza e na pureza da vida e decidiu que tinha chegado a hora de iniciar um novo ciclo. Júlia foi banhar-se ao mar e nunca mais foi vista.


FIM.

Por-do-sol do Guaíba/RS



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

OUTONO PORTO: #A PALAVRA QUE GRITA.

Créditos da foto: Juan Carlos Hernandez


Aquela sensação de dor era que dava vida a ele, era quando a sua existência tinha novamente algum sentido. Cortando-se naquele quarto obscuro onde somente a magoa e os riffs de guitarra acompanha a sua navalha. Ian Curtis dava-lhe razão, viver na contra-mão: essa era a sua opção.

Pessoas fracas procuram refúgios rápidos de suas “derrotas” e alguns acabam encontrando no suicídio o caminho mais eficaz da isenção de suas culpas, tinha ele chegado a essa conclusão quando ainda era um jovem sonhador acadêmico. Mas sem aviso prévio foi raptado pelo amor, e de tão avassalador, ficou com marcas que não poderá ele apagar com o sábio tempo, tanto citado pelo dito popular.

Queria ele desvencilhar da insensatez, queria poder caminhar novamente no vale da razão, mas perdeu-se no mundo que não tem mais volta, esteve no paraíso por alguns instantes e no inferno por longos anos.

“Senhorita eu poderia jurar que você tinha planos para nós dois, mas você me enganou com seu sorriso de criança, por ti vivi as melhores dores de minha vida”.

FIM




quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Alimento da Alma

                                                             


"Ela ainda voa com seus pensamentos tentando encontrar
o sentido de suas convulsões de amor que nem
cabe mais em seu peito.
Aprendendo a voar, desaprendendo a amar..."




09/02/12
By A.E.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Inquieto fevereiro

"A escuridão que habita-me em dias claros como hoje não me deixam escrever,
não me deixam raciocinar, não consigo ver o caminho que eu quero,
me encontro egoísta no momento, quero exclusividade e temo pelo o que possa acontecer
daqui por diante." 

(descrição de uma mistura de sentimentos que nem eu sei o que possa ser, talvez seja apenas mais uma pequena crise de alguns "medos" que eu possa enfrentar daqui p/frente)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

"I'm loser baby so why don't you kill me"



"...Pertenço a uma geração de losers
Onde somos todos iguais,
tentando achar o pote de ouro
no fim do arco-íris..."

Sentimento oculto

"De tempos em tempos a vida 
sem aviso prévio
mexe com nosso sentimento
que nem ao menos 
sabíamos que existia."